A leishmaniose visceral (LV) é uma doença grave e potencialmente fatal que afeta milhares de pessoas no Brasil todos os anos. Transmitida pelo mosquito-palha, essa doença pode comprometer órgãos vitais, como o fígado e o baço. Neste artigo, vamos explicar o que é a leishmaniose visceral, seus sintomas, formas de transmissão e, principalmente, como se prevenir.
O que é a Leishmaniose Visceral?
A leishmaniose visceral, também conhecida como calazar, é uma infecção causada pelo protozoário Leishmania infantum, transmitido pela picada de flebotomíneos, popularmente chamados de mosquito-palha. A doença pode afetar tanto humanos quanto animais, especialmente cães, que atuam como reservatórios do parasita.
Quais são os sintomas da Leishmaniose Visceral?
Os sintomas da LV podem demorar semanas ou até meses para aparecer após a infecção. Os principais sinais incluem:
- Febre prolongada e intermitente;
- Perda de peso significativa;
- Aumento do baço e do fígado (esplenomegalia e hepatomegalia);
- Fraqueza e fadiga intensa;
- Anemia e palidez;
- Sangramentos nasais e infecções frequentes devido à queda da imunidade.
Sem tratamento adequado, a LV pode levar à morte em mais de 90% dos casos.
Como ocorre a transmissão?
A leishmaniose visceral não é transmitida diretamente de pessoa para pessoa ou de cães para humanos. A infecção ocorre através da picada do mosquito-palha, que se contamina ao picar um hospedeiro infectado (geralmente cães) e depois transmite o protozoário para outro hospedeiro.
Medidas de Prevenção contra a Leishmaniose Visceral
A prevenção da LV envolve o controle do mosquito-palha e medidas individuais para evitar a exposição às picadas. Algumas das principais estratégias incluem:
1. Combate ao Mosquito-palha
- Manter o ambiente limpo e livre de mato e lixo orgânico, locais propícios para a reprodução do mosquito;
- Aplicar inseticidas recomendados por órgãos de saúde em áreas endêmicas;
- Usar telas em janelas e portas para impedir a entrada do inseto em casa.
2. Proteção Pessoal
- Utilizar roupas de mangas compridas e cores claras em regiões de risco, principalmente ao entardecer e à noite, período de maior atividade do mosquito;
- Aplicar repelentes com DEET, IR3535 ou Icaridina na pele e roupas;
- Dormir sob mosquiteiros impregnados com inseticida.
3. Cuidados com os Cães
- Evitar que os cães fiquem ao ar livre no horário de maior atividade do mosquito;
- Usar coleiras impregnadas com inseticida, que ajudam a afastar o mosquito-palha;
- Vacinar os cães contra a leishmaniose visceral, conforme orientação veterinária;
- Realizar testes periódicos para diagnosticar a infecção em animais e seguir as recomendações das autoridades sanitárias.
Tratamento da Leishmaniose Visceral
O tratamento da LV em humanos é realizado com medicamentos antimoniais ou outras drogas recomendadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O diagnóstico precoce é essencial para aumentar as chances de cura. Por isso, ao apresentar sintomas suspeitos, busque assistência médica imediatamente.
Nos cães, o tratamento ainda é um tema polêmico, pois o controle da doença depende da política sanitária de cada região. A prevenção continua sendo a melhor forma de proteger os pets e evitar a disseminação do protozoário.
Conclusão
A leishmaniose visceral é um problema de saúde pública no Brasil, e a prevenção é a melhor estratégia para reduzir os casos da doença. O combate ao mosquito-palha, o uso de repelentes, os cuidados com os cães e o acesso rápido ao tratamento são fundamentais para evitar complicações graves. Se você vive em uma área de risco, siga essas recomendações e proteja sua saúde e a de sua família.


